quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Agressivo, igual uma surra


Ibn sharmuta.

Já viu o email com fotos de oficiais cozinhando e comendo uma pessoa? Senta aí, que você ainda não assistiu nada.

Uma primeira frase surge na mente. Filha da puta. Tem aquela cena em que o binóculos noturno do soldado mostrou de verdade. A animação é uma embalagem para poder vender o conteúdo. Agride. Deveria ter tarja preta na caixa com uma bula extensa nas recomendações. Contra-indicações? Um batalhão. Sabe quando você vomita até seu olhos turvarem de água nas órbitas? Soco no estômago dói pra caralho. Agora eu sei.

Você chora em filmes com facilidade? Já soluçou por uma, duas cenas fortes demais para aquilo que você chama sua pessoa? Tá transbordando né? Depressa com esse nó na garganta! Antes que você sinta o gosto amargo da comida regurgitada na boca, ou seja, tarde demais pra guardar as lágrimas. Melhor que vomitar quando uma reação mais insuportável aparecer. Pelo menos eu tava sozinha.

Deu pra entender o que aquela mulher dizia no final, né?

Hã? Heim? Seu grande filho da puta.Vira a cara pra esse filme agora, seu merda.

Barulho de tiro. Lavo a cabeça. Cabeça da criança. Lavo de novo. Agacha que fica mais fácil respirar. Sensação do sangue voando no seu pescoço quando atira-se em uma pessoa do lado. Deve ser quente. Sai fumaça da água do chuveiro. Ela escorre na nuca e você está há 15 minutos tomando o banho com os olhos fechados. Engole a realidade com mais força, dá coragem para gritar com raiva “EU NÃO QUERO ESQUECER! Deixa eu aqui...”

Valsa com Bashir é um flashback.

Aquelas viúvas palestinas chorando, agitando seus braços moles no ar tenso, soaram como uma música, sabia? Elevador de inferno deve tocar essa direto.

Lembrei de Nietzsche enquanto olhava o vitrô embassado:

O nojo da sujeira pode ser tão grande que nos impeça de nos limparmos – de nos “justificarmos”.

Quando sentir-se em choque não evite o sono.

Agressivo. Igual uma surra.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trailer para o lançamento


Saca só o grau da animação que os caras desenvolveram para divulgar o game que promete ser o mais envolvente de todos os tempos.

O maior espetáculo da terra



O lançamento mais esperado de 2009 chegou. The Beatles: Rock Band não é só um game fantástico, mas a revolução do entretenimento. Foram investidos pela Viacom (empresa dona da MTV) a fortuna equivalente a 40 milhões de dólares degladiada a muita discussão por direitos autorais intocáveis, a transformação do que não é só um documentário pertinente aos Fabfour embalado a um espetáculo de super lisergia mas uma emocionante viagem ao som dos Beatles. O jogo flui com gráficos modernosos e efeitos surreais pra fazer qualquer pupila dilatar contando a trajetória da banda em episódios icônicos. Tudo em animação. Paul, John, Ringo e George foram criteriosamente estudados por horas a fio em um maciço material de colecionador disponibilizados pela Apple e até por familiares da banda para que uma equipe técnica do futuro, fosse capaz de dar luz ao maior trunfo da indústria atual. Não sem antes trabalharem feito cães:

“Como em ‘Octopus’s Garden’, por exemplo. Não queríamos simplesmente colocar um polvo gigante dançando ali. Queríamos, sim, passar a vibração daquele ambiente, mas sem exagerar no óbvio. A primeira dreamscape que fizemos foi para ‘Here Comes the Sun’. Eu me lembro de ver todas as pessoas da sala sorrindo ao assisti-la. Na hora, pensei: ‘Uau, acho que conseguimos.’ Quando eu jogo videogames, não costumo ter esse tipo de envolvimento. Nunca me senti fisgado emocionalmente por ver uma cena de um game. Então, chegamos a uma conclusão: ‘Ok, este é o lance do game, fazer as pessoas terem conexão emocional com esses personagens e com o espírito da banda’.”, revelou John Randall em entrevista a Pablo Miyazawa, do Gamer.br.

The Beatles: Rock Band promete transportar-nos a um mundo insólito criado pelos músicos que definiram uma era. Será o mais próximo da brisa visual que os quatro integrantes traduziram como arte sonora ou a arte sonora mais próxima que os Beatles traduziram como brisa visual?Brisa sonora, artes visuais, controle na mão, poder ser um beatle, tecnologia a serviço da catarse, felicidade contagiante...Presente de natal #1. Aposte! Setembro mal começou mas o Noel que se cuide pois a demanda tornar-se-á obssessiva. Com vocês a Beatlemania, o retorno, e em 3D. Transcenda já o seu.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Michael na munheca



Cansado do culto à celebridade em veículos de comunicação em massa?

Soca a cara deles!

Celebrity PunchOut é um site que simula esse privilégio. Britney Spears, Michael Jackson, Bush e o resto da escória também estão bem ali. Ideia boa mas os socos bem que poderiam causar mais estrago naquelas faces impecavelmente idolatradas. Só me pergunto o que o infeliz do Bin Laden está fazendo ali no meio...

Futilidade à parte, socos virtuais são mais produtivos que ler Caras.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lula amava Sarney...

...que odiava Collor que odiava Lula que hoje ama Collor
que não morreu de desastre nem suicidou-se
mas reelegeu-se fazendo um ménage-à-trois
com Lula e Sarney que só se preocupa
em botar seu bigode de molho.

Como é que chama mesmo aquele poema do Carlos Drummond de Andrade?

Quadrilha ou cambalacho, dá sempre no mesmo.

7 passos que levam ao 7 de setembro


Vamos à luta!

Sampa. Dia 7 de setembro às 14horas em frente ao MASP, Avenida Paulista, Passeata #forasarney!

Achei esse post mastigadinho do lado negro da força que governa esse país, opa, corrigindo: o único lado!


Como ser um filha-da-puta em 7 passos:


1º A tragédia.

Em 15 de janeiro de 1985, o mineiro Tancredo Neves (PMDB) foi eleito presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral, tendo José Sarney como vice-presidente. Na véspera da posse, 14 de março, Tancredo baixou o hospital, gravemente doente. Em 21 de abril (na mesma data da morte de Tiradentes), Tancredo faleceu vítima de infecção generalizada, aos 75 anos. Terminava a tragédia e começava o embuste.


2º A farsa – o início

As novas gerações talvez não saibam, por isto é bom relembrar as origens de José Sarney na política. Nhonhô Sarney despontou na política nacional nos anis 60, alinhado à União Democrática Nacional (UDN – pra melhor entender, hoje seria uma junção de PSDB e DEM). Inicialmente apoiou João Goulart, então no poder. Depois do golpe de 64, passou para a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido que apoiava a ditadura militar. Governou o Maranhão (1966-1971, sob a condescendência dos generais de plantão) e cumpriu dois mandatos como senador (1971-1985), tornando-se um dos principais representantes políticos do regime militar. Em 1979. Após o fim do bipartidarismo, participou da fundação do PDS (Partido Democrático Social), que igualmente apoiava os gorilas fardados.


3º A farsa – o oportunista

Em 1984, quando o vento mudou de lado (isto é, as cada vez mais vigorosas mobilizações populares prenunciavam o fim da ditadura militar), Sarney deixou o PDS e ingressou no PFL (Partido da Frente Liberal – hoje o DEM) e, depois de costurar uma aliança com o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), foi indicado como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, pela Frente Liberal. Em virtude do falecimento de Tancredo, assumiu a presidência no dia 15 de abril de 1985.

Pra ficar bem claro: Sarney apoiou a ditadura – período em que consolidou o seu império midiático e político no Maranhão – e quando pressentiu o início do fim se bandeou para a oposição, aconchegando-se no colo do PMDB (o comportamento clássico do rato que abandona o navio que naufraga). Assim foi alçado à presidência da República por conta de uma fatalidade, a morte de Tancredo Neves. Resumindo: o que a nação não queria aconteceu: o primeiro presidente civil, depois do regime militar, foi um fiel discípulo da caserna transmutado de democrata. Bendita diverticulite (doença que matou Tancredo Neves).


4º A farsa – o golpista

No poder, o governo de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (nome que o coronel recebeu na pia batismal) caracterizou-se pela mediocridade nas políticas sociais e a incompetência na política econômica. Depois de quatro planos econômicos – Cruzado I e II, Bresser e Plano Verão – Maílson da Nóbrega, então o derradeiro ministro da Fazenda de Sarney, hoje conceituado palpiteiro econômico, deixou o país com uma inflação de 2,751%, 80% ao mês. As elites, porém, não tiveram do que se queixar. A Rede Globo, por exemplo, consolidou o seu império midiático, graças ao beneplácito de Antonio Carlos Magalhães (o malfadado ACM), ministro das Comunicações de Sarney (cuja emissora de tevê no Maranhão, é bom registrar, até hoje é associada da Globo.

Depois de garantir mais um ano no poder (foi eleito para quatro e ficou cinco anos), em 1990, após a transmissão do cargo de Presidente a Fernando Collor de Melo em 1990, Sarney transferiu seu domicílio eleitoral para o recém-criado estado do Amapá, antigo território, e candidatou-se e venceu no Senado Federal no mesmo ano.


5º Day after – impunidade sempre

Segundo denúncias de imprensa da época, a transferência de domicílio eleitoral e a consequente eleição, seria para impedir que Collor entrasse processo para vasculhar irregularidades durante a presidência do coronel.. Sarney reelegeu-se no Senado em 1998 e 2006 e desde então, é representante do Amapá no Senado há quase vinte anos.

Nas eleições de 2006, embora com o mais alto índice de rejeição dentre os candidatos ao Senado pelo Amapá nas pesquisas pré-eleitorais, Sarney venceu o pleito e manteve-se no Senado Federal com 53,8% dos votos válidos, contra 43,5% da segunda colocada, Maria Cristina Almeida (PSB), e 1,2% da terceira colocada, Celisa Capelari (PSOL).


6º Os canalhas envelhecem (e continuam infames)

Em sua atividade legislativa, Sarney tradicionalmente apoiou o governo, como fez na época do presidente João Goulart antes do golpe militar. Posteriormente, integrou-se à Aliança Renovadora Nacional após o golpe de 1964. Na década de 1980, Sarney, juntamente com políticos do PDS, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal (atual DEM) e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Anos depois, após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sarney aliou-se ao sucessor, Itamar Franco.

Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, elegendo-se Presidente do Senado com seu apoio, e hoje é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


7º O deboche final.

Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela terceira vez. Sarney foi eleito com 49 dos 81 votos dos senadores, derrotando o adversário do PT, Tião Viana.

Como bem observou Nélson Rodrigues, os canalhas também envelhecem. No Brasil, mesmo decrépitos, eles resistem e não largam o osso.

Cabe a nós – eu e você que me lê – trabalhar para interromper este circulo perverso. O primeiro passo é cortar a cabeça da hidra:

#forasarney!!!

*obrigada Jens

Mais dele:

www.tocadojens.blogspot.com

ACESSA JÁ! ------------> www.forasarney.com.br

7 de setembro #forasarney

7 de setembro #forasarney

7 de setembro #forasarney

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