quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ARI BORGER QUARTET, sinta-se grato!


Hoje eu descobri uma banda. E ela é um tesouro! Sim, Ari Borger Quartet é a crème de la crème no quesito Blues-Jazz&Soul atuais. O nível? Internacional. Quanto paguei pra ver? De graça. Estado de graça.

É impossível exprimir o que é Ari Borger Quartet senão ouvindo-o. Comece pelo álbum Backyard Jam que anda fazendo eles se apresentarem junto à nomes como B.B. King em festivais por aí. Se teve uma New Orleans experience não se engane, o tecladista morava lá. Ouvindo aquilo tudo misturado à sons e inserções nordestinos, arrisco dizer que Ari Borger Quartet é um começo de Cinematic Orchestra Tupiquim. Obrigada meninos! O show foi equivalente à um pensamento de hiper satisfação adquirida pelo custo-benefício infinito de , de repente, fim de tarde, nada pra fazer, acho que vou consultar o Sesc. De graça. De cara. Minha consciência me açoitava , parecia que eu estava devendo algo à banda. Muita gente ali deve ter comprado o álbum, que por 20 reais não pagaria a qualidade de excelência que nos ofereceram.

Ouçam Baião Psicodélico, a última faixa do disco e garanto-lhes uma epifania de "é isso aí, cara, é disso que tô falando!". Com um agrado sonoro a eloquência musical é nítida e se alastra como a seca pela paisagem. Feito o solo. Aquilo que não fora nutrido. Há uma alma que almeja esse órgão. Ora obsceno, ora sagaz. Rápido e certeiro. Mal via os dedos, fundidos uns nos outros igual asa do beija-flor. Dá pra discernir?
Ah! A substância! Como explodia dentro do ouvido e ia escorrendo pelas vísceras. Ari Borger Quartet penetra, ou melhor: invade.

O estímulo é latente se começar por Nasty! acabando com uma massagem no ânimo daquelas, feito New and Dusty. Dá até pra ver um asfalto infinito cravado no meio do deserto.

Álbum pra se ouvir inteiro, na ordem, com seu amigo Carlos, depois de alguns drinks, à beira de uma noite improvável.

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